O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou ao centro das atenções ao ameaçar um novo aumento de tarifas sobre produtos chineses, caso Pequim não retire suas recentes medidas retaliatórias. Em postagem feita nesta segunda-feira (7), Trump afirmou que, se a China não suspender o aumento de 34% nas tarifas até amanhã (8 de abril), os Estados Unidos responderão com um acréscimo de 50% sobre as importações chinesas, com início em 9 de abril de 2025.

A medida faz parte de uma escalada na guerra comercial entre as duas potências econômicas e pode ter grandes impactos globais. Trump também afirmou que as negociações com a China seriam encerradas caso não haja recuo imediato.
Além disso, o republicano indicou que os EUA abrirão negociações com outros países interessados em discutir as tarifas, reforçando sua postura firme contra o que chama de “abusos comerciais de longo prazo” por parte da China.
As bolsas de valores ao redor do mundo já sentem os efeitos dessa tensão. Hong Kong registrou queda de 13,22%, enquanto o índice chinês CSI 1000 recuou 11,39%. Na Europa, o Euro Stoxx 50 caiu 4,31%, e os índices americanos Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq operam em queda.
Apesar da preocupação global, Trump declarou que medidas duras são necessárias: “Às vezes, é preciso tomar um remédio amargo para curar a doença.”
O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, também caiu 0,36%, enquanto o dólar subiu e chegou a R$ 5,93.
Especialistas alertam que o prolongamento da guerra comercial pode desacelerar a economia global e aumentar a volatilidade nos mercados nos próximos meses.