Biohacking refere-se à intervenção no corpo humano usando tecnologias para aprimorar habilidades ou capacidades, podendo incluir implantes de microchips. Essa prática visa melhorar atividades diárias, como pagamentos, através de tecnologias como “óculos inteligentes”. Os implantes de microchips podem ser utilizados para pagamentos, armazenamento de dados, como informações médicas, e até para experimentações estéticas, como a inserção de ímãs nas pontas dos dedos para sentir campos magnéticos.
Embora o Brasil não tenha legislação específica sobre biohacking, a tecnologia levanta questões sobre segurança digital. Os implantes de chips permitem transações sem dinheiro, como proposto pela empresa holandesa Walletmor, assegurando segurança e aprovação regulatória. O armazenamento de dados é outra aplicação, proporcionando conveniência em situações cotidianas.
A prática de inserir ímãs para sensibilidade magnética é considerada estética por especialistas como Luli Radfahrer. Empresas, como a Grindhouse Wetware, buscam explorar tecnologias para ampliar capacidades humanas, gerando debates sobre a integração da tecnologia ao corpo humano.
Os microchips, compostos por circuitos eletrônicos, podem armazenar e transmitir informações. Apesar de serem biocompatíveis, sem reações alérgicas, sua utilização gera preocupações sobre segurança de dados, especialmente em um contexto de clonagem. Fernanda Matias, professora de biotecnologia na USP, destaca o risco iminente de clonagem de cartões e chips em um país propenso a fraudes.
No entanto, a obtenção de microchips para biohacking não é fácil, sendo comparada a adquirir anabolizantes. O debate sobre a integração da tecnologia ao corpo humano continua, questionando até que ponto essa prática deve ser permitida e quais são os riscos envolvidos.