A segurança da infraestrutura global, incluindo a internet, rede elétrica, satélites e dispositivos de comunicação e navegação, está sob a ameaça de uma potencial supertempestade solar, alertam cientistas após um estudo do professor Peter Becker, da Universidade George Mason, ser divulgado em novembro deste ano.
Segundo o relato do jornal Insider Paper, Becker adverte sobre o risco iminente de uma supertempestade solar atingir a Terra em 2024, prevendo um possível “apocalipse da internet”. Esse fenômeno catastrófico poderia resultar em impactos significativos na maneira como a sociedade lida com a tecnologia, levando a um colapso na conectividade digital que afetaria milhões de pessoas.
A supertempestade solar teria o potencial de desregular o campo magnético terrestre, crucial para a manutenção das comunicações entre os seres humanos. A falta de proteção desse campo contra partículas solares poderia interferir nas transmissões via rádio, internet e televisão.
Johann Dantas, presidente da Associação Nacional das Cidades Inteligentes, Tecnológicas e Inovadoras (Anciti), expressou preocupação com o fenômeno, considerando-o um “desastre”. Ele relembrou situações passadas em que redes sociais, como o WhatsApp, sofreram quedas, gerando histeria coletiva. Dantas destacou a necessidade de considerar alternativas quando as plataformas digitais falham, como o uso do Telegram.
Becker salienta que este é o primeiro momento na história em que há uma convergência entre o aumento da atividade solar e a crescente dependência humana da internet. Em caso de uma supertempestade se dirigir à Terra, Becker acredita que teríamos aproximadamente 18 a 24 horas de aviso antes que as partículas solares impactem o campo magnético, desencadeando potencialmente uma crise na conectividade global.